sábado, 16 de outubro de 2010

PAIXÃO




Paixão é uma força motriz, que impulsiona o ser humano a ação.
É uma força oculta que surge quando menos se espera. Nenhum ser humano é capaz de rejeitar esse sentimento, quando muito conseguimos controlá-lo. Uma paixão bem domada pode tornar uma pessoa mais feliz, do contrário, se nos tornarmos escravos dela poderemos sofrer.
Existem dois tipos de paixão, aquela dirigida a outro ser humano e aquela cuja atenção é voltada para um objeto material.
Aqui é importante que se diga que, a paixão e o amor são coisas similares, mas não se confundem.
O amor é perene, porém suave como as águas límpidas que se deslocam vagarosamente por um pequeno córrego. Já a paixão é um sentimento intenso e efêmero, é como uma química que se esvai do corpo vagarosamente e no final só deixa no ser humano a lembrança de que um dia ela passou por ali.
A paixão por algo material é a mais perigosa. Muitas vezes para desfrutar dessa paixão precisamos ter outro bem para conseguirmos adquirir o mais desejado. Quando não podemos tê-lo, nos sentimos vazio, fracos, incapazes, quando finalmente conseguimos possuí-lo e o utilizamos, pasmem, algum tempo depois caímos no mesmo vazio. Tentamos reverter a situação melhorando ou trocando aquilo que possuímos; ficamos satisfeitos por algum tempo, mas inevitavelmente voltamos a ficar insatisfeitos.
Quando nossa paixão é por uma pessoa a situação é oposta. A determinação aumenta na mesma proporção da paixão, é um verdadeiro balanceamento matemático.
Problemas obscuros que antes relutávamos em enfrentá-los, nesse momento viram trampolins, para que possamos exibir, para a razão da nossa paixão, a nossa destreza diante os problemas da vida.
Durante a fase da paixão nossa coragem aumenta substancialmente; as palavras que antes só teríamos coragem de proferir com o travesseiro, agora saem mesmo que engasgando de nossos lábios, diante daquele ser celestial que idolatramos dia e noite sem que nos sintamos fadigados.
Mas como disse antes, amor e paixão tem pontos em comum, mas não são a mesma coisa. Na paixão temos sempre a sensação de que cedo ou tarde nosso sentimento será retribuído, mesmo que não na mesma intensidade, mas sendo retribuído é o que importa.
Quando apesar de tudo que sentimos e tentamos expressá-lo, diante da nossa paixão com todas as forças e mesmo assim não somos correspondidos, entramos numa forte turbulência, onde venta de um lado o desejo de arrancar do coração a paixão e do outro a sensação de que não somos fortes o suficiente para controlar nossos sentimentos.
No amor apenas ofertamos nosso afeto sem aguardar o retorno de nada. Se ele não for correspondido, não tem problema, já nos sentimos felizes por saber que somos humanos e temos esse nobre sentimento desinteressado em nosso coração. Basta o expressarmos com a mente aberta para que sejamos felizes.
Qual desses sentimentos você prefere cultivar em seu coração?
O meu voto vai para o amor.

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